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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os riscos da “barriga de chope”
















Mais importante do que controlar o peso corporal
é acompanhar a circunferência abdominal


Essa medida, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o ponto médio entre a última costela e a crista do osso ilíaco, ou, para simplificar, a menor circunferência da região abdominal (equivalente à cintura) tem relação direta com o aumento das chances de desenvolver pré-diabetes, aumento de triglicérides e colesterol e pressão alta.






Uma das justificativas que fazem do tecido adiposo tão prejudicial à saúde é fato de ser um órgão dinâmico que secreta várias substâncias denominadas ADIPOCINAS. Estas adipocinas, em sua grande maioria, estão relacionadas, direta ou indiretamente, a processos que contribuem com a aterosclerose, hipertensão arterial, dislipidemias, resistência à insulina e diabetes, representando o elo entre a adiposidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

Dentre as adipocinas, destacam-se o fator de necrose tumoral-a (TNF-a), interleucina-6 e 10, inibidor de plasmiogênio ativado -1 (PAI-1), proteína C reativa (PCR), resistina, proteína estimulante de acilação (ASP) e fatores envolvidos no sistema renina-angiotensina.

Particularmente na região abdominal existem 2 tipos de gordura que são metabolicamente diferentes: a gordura subcutânea, palpável ao beliscarmos o abdômen e a visceral ou omental, localizada entre as vísceras, abaixo da musculatura abdominal, a conhecida “barriga de chope”.

O tecido adiposo visceral é o que secreta maior concentração de adipocinas, seguido do tecido adiposo subcutâneo abdominal e do tecido subcutâneo glúteo-femural, o que explica a importância de manter a circunferência abdominal dentro dos parâmetros determinados pela OMS.

Por outro lado, a gordura omental é mais sensível a queima de gordura quando comparada à gordura subcutânea abdominal e glúteo-femoral, ou seja, a prática de atividade física, especialmente a intermitente, associada ao ajuste da alimentação reduz a circunferência abdominal de forma rápida e eficaz.

Para manter a saúde sob controle não há milagres: pratique atividade física e mantenha uma alimentação equilibrada!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Adultos com paladar de criança intrigam cientistas

Antigamente se achava que apenas as crianças implicavam com determinados alimentos e preferiam comidas como pizza, batata frita e chocolate. Mas, nos últimos anos, pesquisadores perceberam que muitos adultos mantêm hábitos considerados infantis na hora que se sentam à mesa. E, agora, a antipatia a certos grupos de alimentos tem sido tratada por estudiosos de universidades americanas e canadenses como um distúrbio alimentar similar à bulimia e anorexia.

Evitar vegetais, frutas, alimentos desconhecidos ou com temperos fortes pode causar implicações sociais e até malefícios à saúde. Há casos extremos de adultos que consomem apenas comidas de determinada cor, como branca ou amarela, em um sinal de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), segundo pesquisa do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto, no Canadá. Assim, essas pessoas se alimentam somente de queijos, pães e massas. Também são comuns casos de adultos com aversão a alimentos verdes, o que faz com que eliminem do cardápio alface, espinafre, rúcula e até limão, entre outros.

















O Centro de Distúrbios da Alimentação da Universidade Duke (EUA), elaborou uma pesquisa para saber se um adulto é um picky eater - aquela pessoa considerada chata para comer. Dá para descrevê-la também como alguém com paladar infantil. A primeira pergunta que faz parte da pesquisa é se a pessoa está aberta a experimentar novos pratos, dilema comum de turistas que desvendam outros Estados ou países. Enquanto para a maioria dos adultos se alimentar de novidades pode ser uma experiência gastronômica, para os "chatos" há o temor de que no prato haja algo intolerável.

















A pesquisa da Universidade de Duke revela que a chatice para comer pode afetar a vida social, quando a pessoa passa a evitar também determinadas situações apenas para não ter contato com o alimento indesejado. Dessa forma, mentem para não ir a jantares ou dizem sofrer de certa doença para rejeitar um prato. Mas a saúde também pode ser afetada. Há adultos que chegam a retirar totalmente de seus cardápios alimentos fundamentais para o bom funcionamento do organismo, como vegetais e frutas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Crianças são chatas para comer por questões evolutivas
O fato de as crianças serem mais chatas para comer tem uma explicação evolutiva, aponta estudo da pesquisadora Lucy Cooke, do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade College London. "Onívoros (que se alimentam de animais e vegetais) têm a vantagem de possuir uma variedade de opções de comida, mas enfrentam o desafio de identificar quais são saudáveis. Naturalmente, as crianças demonstram aversão ao novo, preferindo os alimentos familiares, com sabores mais simples e doces. No passado, isso promovia a sobrevivência, mas, no mundo moderno, pode ter efeitos adversos na qualidade da dieta", diz ela em um artigo. O grande problema é quando o medo do novo persiste na idade adulta.